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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Sobre Café

Nesse post versarei sobre o imporante status que o café adquiriu no imaginário coletivo contemporâneo brasileiro, não se tratando mais somente de uma bebida que você toma ao acordar, ou de um recurso que você recorre para passar a madrugada em claro estudando inutilmente na véspera de uma prova, ou mesmo de uma bebida de sabor agradável.

Não, o café possui um conjunto de significados que extrapola tudo isso. Eu o comparo de certa forma à cerveja. A Cerveja e o Café estão em descompasso, por exemplo, com o Nescau. Se você é uma pessoa que ingere nescau, você é somente uma pessoa que ingere nescau, nada mais! No máximo podem associar o seu consumo de nescau ao fato de você talvez viver numa bolha e tomar achocolatado preparado por sua avó, mas ainda assim isso é raro, ao passo que, com a cerveja, isso não ocorre.

A cerveja é a bebida por excelência dos malandrops, playboys, ou qualquer designação utilizada para aludir-se àquele tipo de pessoa que é descolada, sabe curtir a vida e come muita mulher. Observem que, mais que uma simples bebida, cujo consumo visa o prazer, a cerveja é uma representação dessas características, de modo que quando a pessoa bebe cerveja, ela também quer dizer que se enquadra nesse tipo de perfil.

Na mesma esteira, ao café hoje também atribui-se uma série de representações, todavia elas são como que o oposto da cerveja. Beber café não significa que você é uma pessoa acéfala que se entrega a um hedonismo fútil, significa exatamente o contrário, que você é uma pessoa com "conteúdo", que destoa-se das demais, do senso comum burro e ignorante.

Por estas razões que hoje nota-se uma proliferação de adictos em café, o que faz com que eu pareça uma anomalia por não gostar tanto assim desta bebida. São pessoas que a qualquer custo querem fazer com que os outros percebam o quão aficcionadas por café elas são, colocando em voga seu vício mesmo sem que as circunstâncias ensejassem tal ação. Elas o Fazem no afã de quererem mostrar-se diferentes, isto é, o fazem, como já supracitado, para mostrar que divergem da grande massa ignorante do senso comum. O que não percebem é que isso não tem porra nenhuma de diferente, que é um gosto como qualquer outro e que um caralhal de pessoas também fazem isso, não se tratanto de um hábito típico de uma vanguarda intelectual e artística, nem merda nenhuma do gênero. xP

Para visualizarmos um exemplo, um expoente destes "cafélatras", peguemos o célebre pcsiqueira, um vlogger nerd, esquelético, bizarro, que afirma ter transtorno bipolar e ser paranóico, que em seus vídeos profere vários despautérios sem sentido, os quais são escutados e vistos por um caralhal de adolescentes desmiolados, que se identificam com o vlogger em comento, na ânsia de se sentirem pessoas especiais e interessantes, a margem da atual geração idiota e fútil. Este vlogger em várias situações mostra claramente o seu excessivo apreço por café, denominando-se inclusive um "Coffee Freak", e logicamente, este apreço é demonstrado de maneira positiva, como uma qualidade que o torna diferente e, portanto, mais interessante, um ser que não é monótono, que não se confunde com os demais.

Concluíndo, há uma explosão de neguins querendo mostrar que são "viciados" em café, conquanto saibamos que adictos de verdade nunca manifestam seu vício em tôm de orgulho, uma vez que o vício é um tremendo problema na vida de uma pessoa. Logicamente que, apesar das generalizações, existem pessoas que tomam as bebidas somente pelo prazer, conheço várias assim, todavia é inegável a existência dessa série de significados que os consumidores atribuem às bebidas que consomem.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Barão Owl: Um grande ninja!

Olá a todos! Para não ficar muito tempo sem escrever nada aqui, uma vez que tenho uma preguiça da porra, resolvi mostrar-lhes esta cena antológica da série japonesa Jiraiya! Trata-se de uma conversa entre Tetsuzan, pai de Jiraiya, e Barão Owl, sem dúvida alguma o personagem mais foda do programa (Além de ter estilo pra caralho, o cara ainda por cima consegue ser furtivo montando um cavalo)! Barão Owl é um ninja cavaleiro adepto do cristianismo, cujo objetivo é obter Pako (uma espécie de artefato mágico mega poderoso) para acabar com a injustiça no mundo.

O diálogo entre os dois ocorre após uma luta travada por ambos para decidir quem ficaria com o referido artefato ultra foda. O embate termina com Tetsuzan saindo vitorioso (o que é uma tremenda mentirinha!!),que prestes a partir, atende um pedido do ninja cruzado, solicitando que Tetsuzan escutasse o porquê da sua enorme vontade de obter Pako. Na minha singela opinião, este é o pináculo do feeling da série, o momento mais emocionante de todos, capaz de despertar a comoção e sensibilizar até mesmo o mais frio dos corações! Barão Owl faz uma fatídica análise socioeconômica da nossa sociedade capitalista, revelando sua característica desigual e excludente. É de escorrer lágrimas dos olhos.!

Como uma imagem(neste caso um vídeo) vale mais que mil palavras, curtam o célebre momento: